pouco me interessa a metáfora. vazia, cheia de pretensiosismo. detesto certezas absolutas. gosto muito mais do que é simples, sem versos complicados, sem palavras que requeiram o dicionário. gosto da nudez. a nudez das palavras, a nudez de um corpo que subitamente se encontra sem palavras, a nudez exposta, a nudez nua, nua, nua. não gosto de artifícios, de palavras que escondem palavras. gosto da exposição total, da palavra que me diz, de uma linguagem própria, despida, da uma nudez crua, como uma dádiva.
Folgo em saber que este pequeno dilúvio de emoções continua a ser teu. Recentemente visitei este espaço e o endereço encontrava-se disponível, assustei-me. Acompanho-te por aqui há um par de anos, os fragmentos do diário deixam-me embevecida, já os li todos mais de uma vez. E
é por um dia tanto tu como tudo isto poderem desaparecer que deixo aqui o meu testemunho, de forma a saberes da existência desta tua ávida leitora que também se arrisca nas letras.
Com os melhores cumprimentos
F.
Partilhei do mesmo medo. Bom te ver de volta. Sempre venho aqui quando preciso de um refúgio contra a violência dos meus dias.
este espaço faz mais sentido quando recebo palavras como as tuas F, e como as tuas T.
obrigada.