De noite não escrevo cartas,
qualquer que seja a luz, para onde quer que seja.
E já não me assusta o elevador
vertiginoso, desde que o sono
me habituou à queda.
Na luz do fim da tarde agora brilha
para sempre a minha varanda amarela.
Campos salgados, colinas esburacadas,
já não me assustais.
Como se fosse a minha vida,
fecho as janelas, vou comendo
pão, poupo energia.
hans-ulrich treichel | como se fosse a minha vida
Belo poema sobre uma solidão que se aceita…