Arquivo: Dezembro 2012

De mim me despeço, como um barco que solta as velas e sonolento tacteia o caminho para a manhã.
Que luz será esta? Que incertezas me devolve esse mar do outro lado do espelho?
Toco o rosto de vidro insone ergo a boca para o vácuo e chamo por mim.

al berto | diários

24 anos

A tua morte é sempre nova em mim.
Não amadurece. Não tem fim.
Se ergo os olhos dum livro, de repente
tu morreste.
Acordo, e tu morreste.
Sempre, cada dia, cada instante,
a tua morte é nova em mim,
sempre impossível.

Adolfo Casais Monteiro

pudesse eu sentar-me agora a teu lado e contar-te da dor que se arrasta pelos dias.