Quando volto a casa são 6:30h, e o rio parece irradiar azul, como uma piscina iluminada por dentro. Penso que no momento da morte, o que nos ocupará o pensamento, podem não ser as pessoas que amámos, os amigos, as obras que fizermos; mas instantes como estes, dispensáveis a um biógrafo, momentos de uma intimidade completa com a solidão, fragmentos de imagens indizíveis.
Rogério Rôla, carta de Agosto de 1996
esta saudade que será para sempre.
Já corri infinitas vezes este lugar e é sempre um pouco mais o que sangro.
“Que dor imensa é Lisboa
quando pousado em tuas mãos
cabe todo o abandono do Tejo.”
Palpita-me que irei passar umas longas horas a ler-te. *