alastra-se a mentira como resina. fica nas mãos, no peito, nos olhos, bloqueia a respiração.
Arquivo: Março 2011
You’ve got to understand
she’s not really breathing no not at all
those years of endless rain
they just washed her away.
e o que tu foste, o que de ti morreu quando voltará?
a ternura lenta dos nossos dedos nos nossos corpos, a tua mão sobre o meu cabelo, a minha mão no teu rosto.
durmo do lado esquerdo da cama como se pudesses ainda chegar e ocupar o teu lugar.
não voltarás. nunca mais. nunca mais.
inventaste-me no interior da tua mente. fiquei à margem da tua realidade.
foi quase perfeito. faltaste tu para que o fosse.
I was concentrating on not abandoning her, no matter what she did. One day, I realized that, instead, I had abandoned myself.
in Stop Walking on Eggshells | Paul T. Mason, Randi Kreger
o horror desta cama com o peso do teu corpo morto a meu lado.
mais um cigarro e o sono virá. permaneço viva num turbilhão de sangue. estendo-me nos anos que viverei sem ti. conheço o futuro. a cidade destruir-se-á e nenhuma palavra virá para me salvar.
no hope, no harm
just another false alarm
Tenho a sensação de dor por todo o corpo. Como se os ossos estalassem lentamente, um a um. A dor preenche-me ao ponto de me contorcer na cadeira. E na verdade nada me dói.
É por baixo da pele, muito longe de mim o que me dói. É por baixo da pele, muito longe de mim que estou.