Arquivo: Novembro 2012

saio do trabalho e apresso-me à livraria mais próxima para comprar os teus diários.

abro uma página ao acaso – Amanhã, ou enquanto dormes, agora mesmo, vou pensar em ti intensamente – até que as horas me doam e o movimento do tempo fique suspenso, até que tudo o que me rodeia tome a forma do teu corpo.

faço o caminho de volta num esforço imenso para conter o choro. as tuas palavras outra vez, pela primeira vez.

quero ficar imediatamente doente para nada fazer senão ler-te.

lembro-me que notícia da tua morte me chegou por telefone e que chorei a noite inteira.