uma cidade amanhece junto ao cais
sussurra-se um nome muito ao longe
nas vozes de amantes desencontrados.
a terra muda de perfume com
o cheiro do teu sexo nas minhas mãos,
num beco de gatos de olhos amarelos.
quando as janelas se fecharem ficarás ao descoberto,
uma nudez pintada em telas de rua.
lisboa é o nome que pronuncio todas as manhãs.
Junho, 2000
A vertigem que a palavra esclarece… sim. Pelo imperativo do valor singular, da evasão insuspeita… dessa fuga ao encontro que tarda.
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