visita-me enquanto não envelheço
toma estas palavras cheias de medo e surpreende-me
com teu rosto de modigliani suicidado
tenho uma varanda ampla cheia de malvas
e o marulhar das noites povoadas de peixes voadores
vem
ver-me antes que a bruma contamine os alicerces
as pedras nacaradas deste vulcão a lava do desejo
subindo à boca sulfurosa dos espelhos
(…)
vem
com teu sabor de açúcar queimado em redor da noite
sonhar perto do coração que não sabe como tocar-te
al berto
Os poemas que aqui deixas surgem sempre nas alturas indicadas.