O espectro

Quando te ofereces por mal ou por bem
a minha alegria pára onde começa.
Quando te ofereces é a mim que recuso.
Ainda que deseje receber as fibras
do mais que sonhei. Este amor reduzo.

Dá-me o teu olhar eu vou-lhe fugir
através de vidros onde não me encontres.
E daí não sei. Inclina o teu rosto
na água da noite da qual me gerei
até ser eu mesmo: eu faltar-te-ei.

Rogério Rôla

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

*

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>