You don’t know what love is
Until you’ve learned the meaning of the blues
Until you’ve loved a love you had to loose
You don’t know what love is
You don’t know how lips hurt
Until you’ve kissed and had to pay the cost
Until you’ve flipped you’re heart and you have lost
You don’t know what love is
Do you know how lost hearts fears
The thought of reminiscing
And how lips tasting of tears
Loose the taste for kissing
You don’t know how hearts yearn
For love that cannot live yet never dies
Until you’ve faced each dawn with sleepless eyes
How could you know what love is
Chet Baker
Dói sempre que a ouço. E não consigo parar de ouvir: mesmo que pressione as mãos contra os ouvidos, sei que ela entrou no sangue e que corre livremente sem que a saiba impedir. É dia 28 de Novembro e não estamos juntos.
Posso tecer cartas de aniversário mentais que nunca lerá; se as lesse, talvez o sentido se perdesse pelo caminho, talvez se tenha perdido já. Não consinto que o amor morra de um lado para continuar a crescer no outro, crendo por isso que ainda me ama e que o segreda tão longe, mas tão longe, que ninguém o consegue ouvir, nem mesmo eu.
Procurei o presente ideal, para a pessoa ideal, para a data ideal. Dei-lho em mãos e abriu-o longe de mim. Hoje disse que tinha gostado muito, mas não por palavras faladas; já não o ouço, mas a sua voz perdura na minha carne, tal como esta música que aqui evocas, minha querida amiga.
Há mesmo dias em que penso que não vou sobreviver até à noite.
Espero que estejas bem. Um terno abraço.
Vanessa
On ne meurt d’amour qu’au cinéma.
Sobreviverás esta noite e as noites que vierem. E eu sobreviverei também.
Vamos marcar algo esta semana, sim?
Um longo abraço.
Sim, claro que sim. Um ou dois cafés. E nicotina até sufocar o sangue. “Minha alma está hoje triste até ao corpo.”
Vanessa